top of page

Dicas e Artigos II

A cidade que se levanta

Por Maximilian Rox

 

Coletânea de imagens mostra que os aparelhos celulares também são capazes de realizar excelentes composições fotográficas. Os smartphones estão evoluindo, e hoje em dia eles ganham processadores e câmeras cada vez mais potentes.

 

No entanto, muitos fotógrafos optam por câmeras profissionais e lentes especializadas para realizar suas belas composições, mas alguns aparelhos celulares também não ficam muito atrás quando o assunto é a qualidade da imagem.

 

Pensando nisso, o site phone- Arena realiza periodicamente um concurso de fotografias tiradas por smartphones – e aproveitamos a ocasião para separar oito belíssimas composições fotográficas que nem parecem ter sido tiradas dos aparelhos de bolso.

 

 

Oito fotografias incríveis que você não acredita que vieram de um smartphone

  A Cidade que se levanta

Campo amarelo

O caminho para dentro da Polônia

 

O parque de diversões

O lago cristalino

A beleza de Baturaden

Os brilhos da cidade

Caminho para a bela natureza

Chip de vidro de 2 milímetros converte luz em imagens

Invenção microscópica pode ser o primeiro passo para uma nova tecnologia fotográfica. Qual é a menor câmera que você tem em casa?

 

Certamente, não é tão pequena como este dispositivo. O pesquisador Patrick Gill, da empresa Rambus, desenvolveu um chip de vidro de 2 milímetros de diâmetro que funciona como uma câmera, capturando imagens com um pequeno sensor através de luz e algoritmos.

 

A tecnologia inovadora tem potencial para transformar o aspecto volumoso e pesado das lentes em algo minúsculo. A olho nu, o chip parece apenas um simples pedaço fino de vidro extremamente pequeno, mas ele possui gravado dentro de si um padrão em formato de espiral que permite que luz atravesse.

 

Quando a luz reflete fora do objeto que está sendo “fotografado”, os sensores a captam, passando pelo padrão até chegar ao sensor de imagem. Ainda nessa parte do processo, a “imagem” é apenas luz esférica, mas um software pode traduzir essa luz na réplica de um verdadeiro objeto.

 

Como você pode ver abaixo, Gill usou a Mona Lisa e uma foto de John Lennon para exemplificar: o sensor captura a cena, os dados são mostrados como uma luz esférica e, no final, a imagem computadorizada é gerada.

 

Propriedades revolucionárias

Ele também explica que o dispositivo pode ser melhor do que uma câmera de vídeo primitiva, porque ser um sensor sem lente possibilita a captura de luz em movimento com maior qualidade do que é possível com uma única imagem, desde que não se perca nenhum pixel para conseguir foco nem haja excesso de saturação.

 

Todavia, usar uma “lente” que é menor do que a ponta de um lápis não renderá resultados de muita qualidade. As imagens produzidas pela invenção de Gill têm a resolução máxima de 128x128 pixels. E essa versão já foi aperfeiçoada em relação ao seu protótipo original, que fotografava imagens de apenas 20 pixels.

 

 

 

A intenção de Gill não é substituir câmeras maiores. Em vez de se focar em fazer câmeras microscópicas de alta resolução, ele está tentando modificar a ideia básica de criação de imagens. “Nós trocamos o peso da formação de uma imagem de uma tarefa puramente ótica para uma tarefa de propriedades óticas e computadorizadas”, diz o pesquisador.

 

Essa invenção pode levar à criação de sensores minúsculos, baratos e de fácil fabricação que podem ser usados em outros dispositivos digitais, permitindo com que captem o que acontece no ambiente e transmita a informação de forma eficiente o bastante para que seus usuários entendam.

 

fonte: The Verge

Por que saímos com os olhos vermelhos em fotografias tiradas com flash?

Você já percebeu que muitas vezes, quando somos fotografados em ambientes escuros, aparecemos nas imagens com os olhos vermelhos? Embora esse “brilho demoníaco” seja super comum quando usamos flash, por que é que ele aparece?

 

Segundo o pessoal do site Today I Found Out, o efeito ocorre devido à forma como a luz do flash é refletida pelos nossos olhos, e aos comprimentos de onda específicos rebatidos no processo. Então...

 

Como você sabe, o termo “luz” está relacionado a qualquer radiação eletromagnética — e não apenas àquelas do espectro visível — que, por sua vez, pode ser classificada como ultravioleta; raios-x; micro-ondas; raios gama e etc.

 

Apesar de o espectro vivível pelos humanos apresentar as mesmas características que os demais tipos de radiação eletromagnética, os olhos conseguem perceber apenas uma pequena variedade de frequências refletidas pelos objetos.

 

Um pouco de anatomia

A luz penetra nos olhos através da córnea e é percebida pela retina que, então, envia os estímulos através do nervo óptico ao cérebro para que ele interprete essas informações na forma de imagens.

 

A quantidade de luz que chega até a retina é controlada pela pupila, que se contrai ou se dilata dependendo da intensidade da claridade. Em ambientes muito claros, nossas pupilas se contraem para diminuir a entrada de luz e, ao contrário, quando estamos em locais escuros, elas se dilatam para permitir a sua passagem.

 

Entre a parte branca dos olhos — a esclera — e a retina existe uma estrutura repleta de vasos sanguíneos chamados coróide, e ela é a responsável por manter a camada mais externa da retina bem nutrida e oxigenada. E é aqui que a mágica dos olhos demoníacos acontece.

 

Abre e fecha

Quando o flash da câmera é disparado, as pupilas não têm tempo suficiente para reagir e contrair, permitindo a entrada de uma grande quantidade luz que, então, é refletida pelo fundo do olho.

 

Contudo, devido ao grande volume de sangue presente na coróide, a frequência da luz que a lente da câmera captura é a correspondente à da cor vermelha. Isso significa que, quanto mais escuro for o ambiente no qual a foto é capturada, mais dilatadas estarão as nossas pupilas, aumentando, portanto, o efeito dos olhos vermelhos.

 

Além disso, o ângulo com o qual a luz penetra nos olhos é o mesmo refletido por eles, assim, quanto mais próximo o flash estiver da lente, maior é a probabilidade de que a luz refletida pelos nossos olhos seja capturada pela câmera.

 

Truques para exorcizar olhos demoníacos

Para contornar esse problema, muitas câmeras contam com um sistema para evitar os olhos vermelhos. Se você possui um desses equipamentos, deve ter percebido que quando o dispositivo é acionado o flash dispara duas vezes.

 

O primeiro flash faz com que as pupilas dos “modelos” no retrato se contraiam, e o segundo é disparado para iluminar a cena quando a fotografia é tirada. Entretanto, se a sua câmera não conta com esse sistema, existem truques que podem ajudar.

 

Um deles é contrair as pupilas imediatamente antes de ter a foto clicada — com a ajuda de uma fonte de luz, como a lanterninha do celular, por exemplo — ou, ainda, posicionar o flash longe da lente. Com esse segundo truque, aumentamos o ângulo com o qual a luz penetra em nossos olhos, diminuindo a chance de que ela seja refletida de volta para a lente.

 

Curiosidades oculares

Outros fatores também contribuem para que os olhos demoníacos apareçam nas fotos, como a quantidade de melanina presente nas camadas atrás da retina e a idade da pessoa sendo fotografada.

 

Indivíduos com a pele clara e olhos azuis tendem a ter menos melanina no fundo dos olhos, e é por isso que nessas pessoas o efeito normalmente é mais pronunciado. Nas crianças, por exemplo, em ambientes com pouca luz as pupilas se dilatam mais depressa do que as dos adultos, contribuindo para que os pequenos apareçam com os olhos vermelhos com mais frequência nas fotos.

 

Aliás, em retratos de crianças, quando a pessoinha aparece com um olho vermelho e o outro não, esse pode ser um indicativo da presença de um câncer chamado retinoblastoma.

Ao fotografar uma pessoa, onde devo "cortar" o enquadramento?

Enquadrar um retrato corretamente é muito importante e você pode conseguir melhores resultados seguindo um guia simples de corte.

Uma das principais e mais importantes habilidades de um fotógrafo não é saber o que mostrar na foto, mas sim saber o que esconder. A maior parte das pessoas sabe enxergar cenas que comporiam uma bela imagem, porém o que separa um fotógrafo casual de alguém com um olhar mais apurado é justamente o enquadramento.

 

Existem dezenas de maneiras de se retratar uma mesma cena, mas, se você souber onde cortar a imagem, ela pode deixar de ser apenas um registro casual para se tornar uma fotografia de revista. Em alguns casos, no entanto, isso é ainda mais importante.

 

Enquadrando retratos corretamente

Quando você vai enquadrar uma ou mais pessoas em uma fotografia, os conceitos de corte são fundamentais. Além, é claro, de saber como posicionar a pessoa dentro da imagem (usar a regra dos terços), é importantíssimo saber onde você pode cortar alguma parte do seu corpo.

 

Por exemplo, em uma fotografia na qual você deseja cortar as pernas das pessoas, você sabe em qual ponto fazer isso sem deixar a foto com um aspecto estranho, parecendo que algo está faltando? Veja o diagrama a seguir para entender como você pode fazer o enquadramento da melhor forma possível:

Como é possível perceber, existem posições do corpo que, quando enquadradas na área de corte, não tiram a naturalidade da fotografia. Porém, as áreas em vermelho mostram áreas que, quando cortadas, criam uma aparência estranha na sua imagem.

 

Apesar de não ser mostrado nessa ilustração, um corte no meio do peito também é válido. Neste caso, os braços podem ficar bem levantados ou completamente para baixo. Este enquadramento é muito usado em fotografias para perfis empresariais.

Apesar de não existirem regras fixas na fotografia, observar o enquadramento é muito importante e pode sim ser um diferencial na qualidade da sua imagem.

 

Se você tiver dúvidas na hora de fazer o corte, opte pelo padrão: corte na cintura ou no meio da coxa, deixando os braços cortados acima do cotovelo ou inteiros.

Como editar as fotos para dar uma aparência mais profissional

Aprenda alguns truques simples que podem trazer um ar mais sofisticado às suas fotos e valorize o seu trabalho sem precisar de conhecimentos avançados em editores de imagem

O que faz com que uma foto pareça mais “profissional” do que outra?

É claro que a técnica, o enquadramento, a iluminação e todos os outros parâmetros que nós tanto comentamos por aqui nos artigos fotográficos são extremamente importantes, mas existe algo que pode fazer toda a diferença: a edição final.

 

Como já foi dito, a maior parte dos fotógrafos utiliza ferramentas como o Photoshop para dar um toque de profissionalismo nas suas imagens, e isso não é algo errado ou trapaceiro.

 

O uso de filtros na fotografia realça os seus pontos fortes e isso ajuda para que a foto fique mais bonita e chamativa. Esse tipo de edição é leve e altera poucos aspectos da foto, mas faz toda a diferença.

Mas como fazer isso?

Existem ajustes básicos para quem quer começar, como os níveis, a saturação e alguns filtros especiais que podem ser usados.

 

Acompanhe as dicas a seguir, demonstradas tanto no Photoshop quanto no Picnik e deixe as suas fotografias muito mais bonitas!

Níveis

Normalmente os editores de imagem mais simples trazem a opção de ajustar o contraste e o brilho, porém o resultado nem sempre é o ideal, já que muitas vezes a foto fica estourada e muito artificial.

 

Para realçar as sombras e os brilhos da sua foto, use o controle de níveis (“Levels”) do Photoshop. Abra a imagem e pressione “Ctrl+L” para abrir a janela de níveis.

O que você vai ver é o histograma da fotografia (relembre o que é u, histograma), mostrando os tons baixos (sombras, à esquerda do gráfico), os tons médios (no centro do gráfico) e os tons altos (partes mais clara, à direita).

 

Embaixo do histograma existem três marcadores, que você deve arrastar para ajustar as tonalidades da foto. Se a foto estiver muito clara, arraste o controle da esquerda para o centro, e se estiver escura, arraste o controle da direita para o centro.

 

Vá testando esses controles para conseguir um contraste melhor, sem estourar o branco. Utilize o controle do meio para clarear ou escurecer a foto como um foto, e depois ajuste as configurações baixas e altas separadamente.

No Picnik esse ajuste é um pouco diferente e o resultado varia, mas existe uma opção mais avançada para o contraste e o brilho simples.

 

Clique em “Exposição”  e em seguida...

Clique no botão “Avançado”.  Marcando a caixa de seleção “Contraste local”, você pode ajustar a quantidade do efeito. Agora aumente ou diminua os brilhos e a sombra, de acordo com o necessário.

Cores

Ajustar as cores de uma fotografia ajuda a deixá-la mais real e bonita. Você pode fazer isso usando a ferramenta de balanço de cor (“Color Balance”) no Photoshop, basta pressionar “Ctrl+B”.

Esse balanço é necessário se, por exemplo, a foto estiver muito amarelada. Nesses casos, arraste o controle do amarelo para o lado azul. Não precisa exagerar, vá ajustando aos poucos as tonalidades de cores para chegar ao resultado desejado.

 

Outro uso comum dessa ferramenta é para simular um filtro de cor, aumentando bastante uma tonalidade propositadamente. Se você quer dar um “brilho” na sua foto, pode deixar os pretos mais vibrantes.

 

Vá à image > Adjustmens > Selective Color e abra o canal dos pretos (na caixa de opções “Colors”, escolha “Blacks”) e aumente a quantidade de pretos. Não precisa aumentar muito, algo em torno de 20 a 40% deve funcionar. Isso deixa a foto com mais contraste, sem estourar as cores.

O ajuste de cores do Picnik (entre nele clicando no botão “Cores”) permite que seja escolhido um tom neutro para que ele calcule o balanço de branco.

 

Clique em “Seletor de neutros” e então escolha um ponto que deve ser branco ou cinza para que o Picnik faça os ajustes necessários. Você pode ajustar isso manualmente, deslizando o controle de temperatura.

Filtros (Photoshop)

Nessa etapa, a escolha das cores é totalmente sua. Você pode querer uma foto com a aparência mais fria utilizando tons verdes e azuis ou uma imagem aconchegante, com tonalidades amarelas e vermelhas. Ajuste também a saturação para deixar mais delicado (menos saturação) ou mais forte (mais saturação).

Essa opção é exclusiva para o Photoshop, porém existem ajustes semelhantes no Picnik, que se encontram no próximo tópico.

 

Vamos separar dessa forma, pois o funcionamento dos dois é bastante diferente nesse ponto. Os filtros no Photoshop, para o propósito desejado nesse tutorial, serão usados apenas como máscaras.

 

Você pode aplicar filtros artísticos para modificar a foto, porém existe um uso que muita gente não conhece. Para essa etapa, é preciso que você duplique o layer (camada) da imagem.

 

Faça isso clicando com o botão direito no layer base “Background” e selecionando a opção “Duplicate Layer”. As próximas alterações serão feitas nesse layer que foi criado.

Vá até o menu “Filters” e abra “Blur”, agora escolha a opção “Lens Blur”. Na janela aberta, existem dois ajustes nos quais vocês deve mexer: “Radius” e “Blade Curvature”.

 

Escolha valores não muito altos, que não distorçam tanto a imagem, como pode ser visto acima. Agora vem a parte “mágica”. Na janela de layers, existe uma seleção de modo e de opacidade. Esses dois controles ficam na parte de cima, conforme indicado na figura abaixo.

 

Escolha o modo “Screen” e diminua a opacidade da camada para aproximadamente 30% .  Sinta-se livre para testar outros modos também.

O resultado é uma imagem iluminada e mais homogênea. Em retratos, isso ajuda a deixar a pele da pessoa mais lisa e sem defeitos, dando uma aparência de fotografia de revista.

 

Outros modos que ficam bons são “Overlay” e “Soft Light”.

Filtros (Picnik)

Os filtros no Picnik são máscaras prontas, portanto são bem mais fáceis de serem usados, mas menos personalizáveis. Abra-os indo para a aba “Criar” do serviço, e escolha a guia “Efeitos”.Eles são presentes de configurações que você pode fazer no Photoshop e imitações de lentes e processos de revelação, devendo ser usados com cautela.

 

Procure sempre diminuir a quantidade de efeito, para não ficar algo forçado e artificial. Faça isso deslizando o controle “Atenuar”, que existe na maior parte dos filtros.Para conseguir, por exemplo, um efeito brilhante, você pode usar o filtro “Realce” com bastante atenuação, deixando apenas um brilho baixo.

 

Outra opção é aplicar o efeito “Lomo” com atenuação. Além de realçar a foto, essa máscara possui uma borda preta sombreada, chamada de vinheta (também nomeada como vignette).Já para uma imagem bem suavizada, em tons pastéis, você pode diminuir a saturação aplicando o filtro “Filme infravermelho” bastante atenuado (em torno de 80 a 85%) e em seguida aplicando o efeito “Dois tons” utilizando cores claras como rosa bebê e verde água e atenuando o filtro em aproximadamente 80%.

 

As possibilidades são vastas e você pode criar combinações de efeitos para praticamente qualquer situação. Isso é ótimo para quem não tem tanta facilidade em softwares como o Photoshop e quer uma edição com ares profissionais em um serviço gratuito e fácil de usar.

 

Todas essas dicas dadas nesse artigo podem ser usadas em várias situações e é preciso sempre praticar e aprofundar o conhecimento.

 

Ajustes simples podem fazer bastante diferença nos resultados finais e você não precisa gastar horas com a edição da imagem. Valorize as suas fotografias e o seu trabalho com a ajuda de um editor de imagens.

Fotografia noturna

Justamente quando a luz está menos presente é que algumas das mais belas imagens surgem. Descubra como aproveitar a escuridão para obter as melhores fotos da noite.

A fotografia é

Como a origem grega do nome diz - a arte de desenhar com a luz. Curioso então perceber que muitas vezes as imagens mais bonitas não são completamente iluminadas, claras e com céus brilhantes. Além das horas intermediárias – nascer e pôr do sol – é comum encontrar fotos ímpares feitas à noite. Talvez justamente pela escassez da luz disponível, a fotografia noturna encanta, com seus fundos salpicados de pontos e traços de faróis.

 

Cuidados especiais

Antes mesmo de começar a falar de fotografia, deve-se sempre lembrar que as ruas das grandes cidades – mesmo durante o dia, mas especialmente à noite – não são totalmente seguras. Andar em grupo e evitar regiões reconhecidamente perigosas – parques e outras áreas não habitadas, por exemplo – são atitudes que podem garantir as belas imagens que você fará no decorrer de uma incursão fotográfica noturna.

 

Como dizem os escoteiros: sempre alerta!Outra coisa importante a levar em consideração é: se você mora no Sul do país, ou em outras regiões onde faz frio, levar um agasalho e uma térmica com uma bebida quente pode aumentar consideravelmente o conforto e o prazer em se fotografar à noite. Norte e Nordeste já não oferecem o mesmo problema, então quem mora nessas regiões já tem uma vantagem.

O que levar?

 

 

Claro que o equipamento para fotografar na calada da noite é bastante próximo daquele usado em qualquer outra situação. Câmera, lentes (para as dSLR e as micro 4/3), flash, cartão de memória, baterias extra (tanto para a câmera quanto para o flash, se você tiver acesso a iluminação externa à câmera) são o mínimo necessário.Sobre a câmera, se você tiver condições, uma dSLR ou uma compacta que tenha opções de ajuste manual – em especial a velocidade bulb, que permite exposições com duração de horas – são ideais.

 

Caso não tenha acesso a esse tipo de equipamento, descubra qual a velocidade mais baixa da sua câmera e se prepare para fazer suas fotos em função disso. Outra consideração necessária é a sensibilidade à luz do seu sensor.

 

Para fotografar à noite é comum imaginar que se deve usar ISO alto deixando a câmera mais sensível, porém isso não é sempre verdade. Para se obter exposições realmente longas – chegando a durar a noite inteira, inclusive – ou até mesmo como experiência, vale a pena arriscar um valor ISO mais baixo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Porém existem outras peças que podem facilitar muito – e em alguns casos são mesmo obrigatórias para – a obtenção de bons resultados. Logo de cara, o acessório principal para quem pretende fotografar à noite é o tripé. Como a condição de luz é muito precária, exposições longas são praticamente regra depois que o Sol se pôs.

 

Como todo o resto, se você não tiver um tripé, além de ser possível improvisar apoiando a câmera em objetos que estejam no local, às vezes arriscar fotografar na mão pode oferecer resultados surpreendentes e criativos.

 

Com o tripé, outra coisa que pode ajudar – mas não é essencial, até por ser complementar às câmeras dSLR – é um disparador remoto. Seja por cabo ou sem fio, uma extensão dessas ajuda a prevenir trepidações na câmera, e normalmente permitem o uso do autofoco e de diversos modos de disparo.Uma lanterna pode ser um bom substituto para o flash.

 

Como os tempos de exposição são longos, é possível iluminar partes de uma cena e manter outras completamente no escuro, principalmente se você estiver afastado das luzes dos grandes centros. Naturalmente, uma lanterna pequena exige mais tempo para iluminar um objeto na fotografia, devido à sua baixa intensidade.

 

Caso você escolha usar a lanterna como iluminação auxiliar, é válido levar também alguns recortes de papel celofane de diversas cores, para tentar um visual diferente nas suas imagens. Lembre-se também de que, ao contrário do flash – que ilumina uma área grande e de maneira relativamente uniforme – a lanterna serve principalmente para ressaltar detalhes e para dar efeitos dramáticos .

 

Um cronômetro pode ser seu melhor amigo – se você já tiver alguma experiência com fotometria principalmente – ao fotografar no período noturno. Caso a sua câmera tenha o tempo bulb de exposição, o sensor fica exposto enquanto o botão da câmera estiver pressionado (uma das funções do disparador remoto é garantir que você não precisará ficar horas com o dedo apoiado no botão), e o tempo de exposição deve ser controlado de alguma forma. Um timer ou alarme de relógio resolve o problema facilmente.

Tentativa e erro

Fotografar à noite não é fácil. Não basta apenas contar com as luzes da cidade e pensar “ok, todos esses pontinhos de luz formam uma foto bonita”, pois não formam. Composição – o que você vai mostrar na foto – é essencial, bem como o cuidado com o tempo de exposição.

 

Em câmeras com controle manual isso é bem mais fácil de fazer, mas mesmo as compactas podem entregar bons resultados. O mais importante é, com certeza, pensar em como você quer que a foto saia antes de apertar o disparador.

Em cenas com contraste muito alto – luzes muito fortes, como postes de rua – é uma boa ideia tirar as lâmpadas do enquadramento. Com isso, o resto do cenário tem uma visualização muito melhor, já que o clarão da iluminação urbana não roubará a atenção.

 

Letreiros de lojas e bares, luzes mais fracas ou distantes, em contrapartida, oferecem cores e formas interessantes e podem transformar uma foto comum em uma imagem memorável. Mas o principal é descobrir como a sua câmera se comporta fotografando nessa situação crítica.

 

Treinar bastante, fazer várias fotos ruins para só então chegar a um resultado realmente agradável não tem nada de errado. A grande maioria dos fotógrafos faz isso o tempo todo, inclusive.

 

Aproveite as oportunidades que tiver para testar configurações, modos de captura de imagem e também sua desenvoltura com todos os acessórios mencionados acima.

 

A quantidade de coisas que podem ser fotografadas à noite é tão vasta quanto os motivos para fotos diurnas. Paisagens, retratos, detalhes das ruas, tudo isso oferece muitas possibilidades justamente porque, à noite, mostra-se bem diferente do que as pessoas estão acostumadas a ver durante o dia. Explorar essa familiaridade estranha é um dos segredos da fotografia noturna.

 

A luz noturna

Assim como durante o dia o fotógrafo se preocupa com a posição do Sol, à noite é necessário prestar atenção na Lua e onde ela se encontra no céu. Apesar de a intensidade da luz ser bem menor, o luar também causa sombras, da mesma forma que a estrela mais próxima do planeta.

 

Quanto mais alta no firmamento, a Lua gera sombras relativamente duras, curtas, marcadas e bem definidas. À medida que o satélite se aproxima do horizonte, as sombras se alongam e ficam mais suaves.

 

Outro detalhe importante: quanto mais próxima de prédios e outros elementos humanos a Lua estiver, maior ela parecerá em relação a estes. A fase do astro também importa, já que a intensidade de reflexão será menor fora da Lua cheia, e – para todos os efeitos – inexistente na Lua nova.

 

Além disso, como as exposições são mais longas, quando o tempo com o obturador aberto superar dois minutos, a probabilidade de a Lua aparecer deformada aumenta, já que esse é o tempo aproximado que ela leva para percorrer seu próprio diâmetro no ciclo celeste .

 

Já as estrelas e os outros planetas praticamente não influenciam em foto noturna, a não ser como pontos de luz no céu. Entretanto, assim como a Lua, as estrelas também transitam na abóbada celeste, e, quanto mais afastado da linha do equador você estiver, maior é a percepção desse movimento.

 

Muitas vezes, os riscos gerados pelas estrelas aumentam a dramaticidade da foto dando uma sensação de tontura. Porém nem sempre é esse o objetivo da foto, então atenção e cuidado são recomendados.

A longa exposição

Mesmo as câmeras compactas têm modos de longa exposição, e para fotografar à noite, ele é praticamente obrigatório. Dificilmente uma foto é feita em menos de 15 ou 20 segundos - por coincidência o tempo máximo de disparo de algumas compactas mais antigas.

 

Com isso, é importante perceber que algumas características das fotos serão diferentes: movimentos estarão “borrados”, carros e outros objetos iluminados que se movam deixarão traços de luz, e a composição da imagem deve levar todos esses efeitos em consideração.

 

Como nesse tipo de exposição, o sensor recebe pequenas quantidades de luz durante um longo período, as cores representadas são bem diferentes das obtidas durante o dia. Mesmo que não sejam tão contrastadas – diferença entre claros e escuros – as imagens apresentam uma saturação bastante forte, com cores muito vivas.

 

Isso deve ser parte da preocupação do fotógrafo noturno também, pois pode determinar um melhor ângulo para certas fotos, em busca de cores ainda mais vibrantes.

 

Ruído

Nos tempos da fotografia analógica, os filmes usados para fotos noturnas tinham uma característica chamada grão. A imagem obtida nesses filmes parecida uma pintura pontilista, feita apenas encostando o lápis no papel.

 

O sensor digital, entretanto, não dispõe da química que era responsável por esse efeito, e, como depende da luz para formar imagem, em condições de baixa iluminação alguns defeitos podem surgir. O conjunto desses problemas é conhecido por ruído.

Em câmeras mais modernas, vários sistemas eletrônicos e computacionais ajudam a evitar o aparecimento dos famosos pontos verdes e vermelhos característicos das fotos com problemas de ruído. O surgimento deles ocorre devido ao cálculo aproximado que a câmera realiza para tentar identificar informação visual em áreas do sensor que não receberam luz suficiente.

 

Outro tipo de ruído bastante comum em imagens noturnas deve-se ao superaquecimento do sensor. Como todo chip, o funcionamento ideal desse equipamento ocorre em uma determinada faixa de temperaturas. Já que as exposições noturnas são muito longas, o sensor passa muito tempo em funcionamento, superaquecendo.

 

Ao contrário dos pontos verdes e vermelhos ocasionados pelo processador, o ruído gerado no sensor cria distorções de intensidade e contraste nas cores. Para resolver problemas de ruído o ideal é utilizar um valor ISO mais baixo, que evita justamente a formação de pontos coloridos graças à ação do processador, e fotografar em RAW para tentar minimizar o impacto do sensor em aberrações de cor na imagem final.

 

Caso sua câmera não ofereça essas possibilidades, fotografe na maior qualidade possível, para ter condições de tratar a imagem depois de descarregá-la para o seu computador.

A abóboda celeste

Perceba que fotografar à noite não é a mesma coisa que fotografar os corpos celestes que se mostram durante a noite.

 

Fotografar os planetas, as estrelas e a Lua são uma atividade bem mais complicada, e exige uma série de equipamentos (pelo menos uma teleobjetiva e uma DSLR).

 

 

O que é uma câmera DSLR?

DSLR é a sigla em inglês para digital single-lens reflex, que significa câmeras digitais de reflexo monobjetiva. Isso significa dizer que uma câmera DSLR é a versão digital das antigas câmeras de filme SLR, em que a luz passa pela lente antes de chegar ao sensor (ou filme, no caso das câmeras antigas).

 

A diferença de uma câmera DSLR para uma câmera digital compacta – as câmeras digitais comuns – é, em tese, o funcionamento. Ao invés da imagem ser capturada por um sensor e assim ser reproduzida numa tela de LCD atrás da câmera, a imagem é refletido por um espelho direto para um visor. Na hora de tirar a foto, esse espelho se recolhe e o sensor captura a imagem. Observe:

Explicando a imagem acima: A luz entra pela lente e é refletida em um espelho que deve estar em um ângulo exato de 45° e logo depois num penta prisma que direciona a luz para o visor não luminoso, onde você coloca o olho para ver a cena.

 

Quando você aperta o disparador esse espelho se move para cima, e a luz passa pelo obturador que se abre permitindo que a lente projete a luz no sensor de imagem, registrando a foto. O obturador então, se fecha cobrindo o sensor, finalizando a exposição, e o espelho se abaixa enquanto o obturador se reinicia.

 

Esse momento, em que o espelho se levanta, é chamado “apagão do visor”, pois como a luz não é refletida no penta prisma você não vê mais a cena, é aquele momento em que você dispara e fica tudo preto. Sabe? É nesse momento que sua foto está sendo capturada pelo sensor. Fica mais fácil agora de entender, veja:

O esquema de projeto de reflexão é a maior diferença entre uma DSLR e uma câmera compacta, que normalmente expõe constantemente o sensor à luz projetada pela lente, permitindo que a tela da câmera seja usada como um visor eletrônico.

 

É claro que uma DSLR possui muito mais atributos que fazem com que ela seja uma câmera mais avançada que uma compacta. A qualidade da imagem é superior porque o sensor da DSLR que capta a imagem é maior que o das câmeras comuns.

 

E, é claro também que as câmeras DSLR oferecem mais possibilidades de ajustes que uma câmera comum e para tirar proveito deles você precisa entender um pouco mais de fotografia. Além de todos os já citados, alguns outros pontos positivos são:

 

> lentes de melhor qualidade que podem ser trocadas

> o uso de acessórios como flashes externos

> a bateria dura muito mais

> possibilita o encaixe de um grip que prolonga o tempo da bateria

> velocidade de disparo etc…

 

Pontos negativos:

> o preço de uma DSLR é exorbitante perto de uma câmera compacta

> os acessórios também são caros

> geralmente um acessório do fabricante X não serve para outro fabricante inviabilizando a troca de fabricantes depois que você já fez investimentos altos em outro, pois teria que trocar praticamente tudo o que você tem em equipamentos

> são bem mais pesadas e maiores que as compactas

> podem exigir certa manutenção

> não são fáceis de manusear

> não são nada discretas

 A evolução das grandes marcas da fotografia

Como as grandes fabricantes do mundo da fotografia entraram

no mundo digital.

 

Atualmente, nomes como Canon e Nikon estão diretamente ligados à fotografia profissional. Fato é que estas marcas surgiram no começo do século passado e seguem crescendo e se adaptando ao mundo moderno.

 

Neste artigo, vamos listar algumas evoluções e como as empresas passaram do mundo analógico para o digital, das velhas câmeras de filme para os equipamentos ultramodernos da atualidade — e veremos que nem todas foram bem-sucedidas e que algumas, como a Sony, foram as pioneiras dessa mudança.

 

Canon

A primeira câmera da Canon data de 1933, um protótipo de nome KWANON. Logo em seguida vieram os modelos para venda com lentes 50 mm— acredite se quiser! — da Nikon (Nikkor). Os modelos iniciais, como a S, permitiam a alteração de velocidade, utilizavam filmes 35 mm (os mais tradicionais até hoje) e tinham controle de abertura e foco por distância, já que não apresentavam um visor direto — ou seja, vinham sem o mecanismo de espelhos que permite que você visualize exatamente a imagem que sua lente está captando.

Canon S, de 1939.

Ao longo dos anos, a marca foi se adaptando, produzindo câmeras mais modernas e com mais recursos. Um dos modelos mais clássicos é a AE-1, com visor direto e totalmente manual. Esta câmera ainda é vista circulando por aí, nas mãos dos mais nostálgicos. 

AE-1, de 1976

A marca, ao mesmo tempo, veio trazendo para os consumidores opções mais simplificadas e automáticas. Foi o início das atuais câmeras compactas em estilo “point and shoot”, que pouco exigem de quem as opera.

 

 

Atualmente, a Canon é uma das líderes do mercado da fotografia digital. A transição ocorreu de forma suave e bem-sucedida, consolidando ainda mais a marca. A fabricante japonesa contou com produção simultânea de câmeras analógicas e digitais entre os anos de 1995 a 2000.

 

A marca não é tão reconhecida por sua produção de câmeras compactas, apesar de estar crescendo no mercado com equipamentos como a G1 X. Mesmo assim, a qualidade de sua linha de câmeras, lentes e flashes profissionais é indiscutível.

Nikon

Nikon 1, 1948

As primeiras câmeras foram lançadas no final dos anos 1940, modelos rangefinder como as primeiras câmeras da Canon. Só na década de 1980 a empresa lançou câmeras compactas e automáticas, voltadas para o público amador.

Nikon L35 AF, de 1983

Por outro lado, a fabricante entrou no mundo digital antes de sua concorrente e também demorou muito mais para sair do mundo analógico. Sua última câmera com uso de filme 35 mm data de 2004, enquanto sua primeira digital foi lançada em 1991 — mas já no final da década de 1980 a Nikon vinha trabalhando em protótipos para câmeras digitais.

DCS-100, uma parceria da Nikon com a Kodak.

A primeira câmera vinha com um visor externo e enorme — que você precisava conectar à máquina para visualizar a produção de imagens(sem) — e produzia arquivos de resolução máxima de 1,3 MP.

 

Atualmente, além de produzir câmeras DSLR, lentes e flashes profissionais de alta qualidade e amplamente utilizados por fotógrafos de todo o mundo, a Nikon também tem se destacado no mundo das câmeras compactas, com lançamentos de grande impacto no mundo da tecnologia, como a Coolpix A, uma compacta estilo “point and shoot” com sensor de câmeras profissionais.

Coolpix A

Sony

A Sony é, sem dúvidas, uma das grandes responsáveis pela revolução no mundo da fotografia nos últimos 30 anos. Você com certeza já teve uma CyberShot e deve se lembrar das Mavicas — câmeras enormes e com imagens de baixa qualidade, mas que gravavam seu conteúdo em disquetes e permitiam fácil acesso às suas fotos.

 

As primeiras experiências da fabricante começaram já na área da fotografia digital, em 1981, com uma câmera que tinha um sensor digital CCD e que passava a imagem para um filme analógico. Mas a primeira digital de verdade foi a Mavica MVC-FD5, de 1997.

Mavica MVC-FD5

Depois disso, a Sony evoluiu para as câmeras compactas, com a linha CyberShot. As primeiras câmeras tinham resolução de 0,3 MP, mas em questão de poucos anos (no início do século XXI) já foi possível comprar câmeras de 2,6 até 8 MP.

Sony CyberShot DSC-F717

Em 2006, a Sony finalmente entrou no mundo das DSLR, com a compra da fabricante japonesa Konica Minolta — muito popular na metade do século XX, com câmeras analógicas de alta qualidade. Eles chegaram a lançar a linha Dimage, com câmeras digitais semiprofissionais, mas nunca chegaram a alcançar verdadeiro sucesso.

Linha Dimage

A partir da compra da Konica Minolta, a Sony utilizou a tecnologia para desenvolver a linha de câmeras Alpha, com lentes intercambiáveis e qualidade compatível com os produtos da Canon e Nikon.

 

No entanto, o alto preço dos equipamentos e lentes, combinado com a solidez da liderança de suas concorrentes também japonesas, faz com que a Sony ainda tenha um papel de coadjuvante no mundo da fotografia digital.

Linha Alpha

Leica

A Leica é uma das marcas mais tradicionais do mercado atual. Sua entrada no mundo digital não teve estardalhaço nem muito sucesso, mas recentemente ela tem se dedicado ao desenvolvimento de câmeras rangefinder digitais, com muito estilo e qualidade inquestionável.

 

A empresa também não encerrou oficialmente o fim de sua produção de câmeras analógicas, com seu último lançamento em 2009.

 

Os primeiros protótipos da Leica surgiram em 1913, mas foi depois da cobertura das Guerras Civis dos anos 1930, na Europa, e da Segunda Guerra Mundial que esta pequena notável ganhou o mundo, sendo utilizada pelos principais fotógrafos da época.

Leica de Cartier-Bresson

Robert Capa, Henri Cartier-Bresson e David Seymour, entre outros fundadores e participantes ativos da agência Magnum, foram os grandes responsáveis pela difusão da marca — agência essa que reúne, até hoje, os principais fotógrafos documentais e fotojornalistas do mundo.

 

A entrada no mundo da fotografia digital aconteceu na década de 1990, de forma modesta. Foram lançadas câmeras compactas e até mesmo DSLRs, que não conquistaram o público — especialmente por seu preço altíssimo. Por outro lado, a empresa tem uma parceira de peso com a Panasonic, sendo responsável pelo padrão de qualidade das lentes da linha Lumix.

 

Atualmente, a Leica se destaca pela produção de câmeras digitais conceituais, como a MP-9, Hermès. O único problema é que produtos como esse giram em torno de US$ 50 mil, o que só aumenta ainda mais o status de que suas câmeras são produtos únicos e exclusivos.

Outras marcas que continuaram: Fuji e Olympus

Algumas marcas podem até não se destacar no mercado atual, mas fizeram a sua transição de forma bem-sucedida. Este é o caso de exemplos como a Fuji e a Olympus. A primeira sempre foi popular pela produção de filmes para câmeras analógicas.

 

Quando o mundo digital tomou de assalto a fotografia, a Fujifilm passou a desenvolver câmeras digitais para os mais variados estilos, com máquinas compactas, semiprofissionais e até modelos retrô muito charmosos.

 

Já a Olympus é uma empresa que produz câmeras desde a década de 1930 e que seguiu como coadjuvante no mundo digital até 2008, quando anunciou junto com a Panasonic a tecnologia Micro 4/3. Este novo padrão pode ser encontrado em câmeras da linha NEX, da Sony, com câmeras de tamanho compacto, mas lentes intercambiáveis.

Primeiro protótipo do padrão Micro 4/3

A queda de uma gigante: Kodak

A Kodak é provavelmente um dos nomes mais reconhecidos da fotografia até hoje. Fundada no final do século XIX, a empresa se destacou pela extensiva produção de filmes e papéis fotográficos — além de câmeras fotográficas analógicas compactas.


Sua inserção no mundo digital começou cedo, com protótipos já na década de 1970. No entanto, a empresa falhou em se adaptar ao novo mercado e acabou pedindo falência em janeiro de 2012. Atualmente, ela está em processo de venda de patentes e departamentos de filmes e papéis, além de anunciar a sua saída do mercado para impressoras, scanners e câmeras.
 

Como tirar fotos de silhuetas

Esqueça o que você sabe sobre iluminação por alguns minutos e aprenda a usar as luzes de uma forma inusitada, criando formas e contornos fascinantes.

A fotografia, muitas vezes, deve deixar de mostrar apenas o que nós já vemos todos os dias com os olhos, para nos apresentar numa visão exclusiva do que a lente pode enxergar. É o caso da fotografia de silhuetas, que pode ir muito além do que nós conseguimos ver normalmente, mostrando um mundo de formas e contornos, cheio de mistério e diferentes emoções.

 

Ao fotografar a silhueta de um objeto (ou pessoa), quase não existem cores, nem texturas, e há pouca noção de profundidade. Tudo que o fotógrafo precisa, além da câmera, é de um contorno bem definido (uma forma bem conhecida ou inusitada), muita luz e um software de edição para pequenos ajustes de exposição e contraste.

Descubra a beleza das sombras e contrastes (Fonte da imagem: Ana Nemes)

Entendendo o poder das formas

Quer aprender a fotografar contornos? Primeiro, é preciso entender corretamente o que esse tipo de imagem pode representar. Uma fotografia assim é muito mais artística do que de registro.Isto é, você fotografa uma silhueta para passar mais sentimento, do que informação concreta, já que ela não irá mostrar muito do objeto fotografado.

 

Silhuetas podem trazer mistério, já que não se sabe quem, ou o que, está sendo fotografado. Elas podem também indicar drama, tristeza, felicidade, e muitos outros sentimentos, dependendo da intenção e do enquadramento.

 

Esse tipo de recurso “força” um ponto de vista, quase não dando margem para outras distrações do ambiente, e por isso pode ser uma boa alternativa para criar um clima mais íntimo, pessoal.

O pôr do sol é uma ótima fonte de luz para esta técnica (Fonte da imagem: Damian Overton

Pegue a sua câmera! Agora você já sabe um pouco mais sobre o que a fotografia de silhuetas pode passar, então é hora de aprender a registrar esse tipo de imagem. Não existem muitos segredos, mas alguns truques simples deixam tudo muito mais fácil, para que você não precise passar horas tentando até conseguir um bom resultado.

 

Escolha um objeto com formas definidas

Não adianta fotografar uma silhueta confusa, é preciso escolher um objeto com o contorno bem marcado e reconhecível. Não é preciso que as pessoas saibam exatamente o que é aquilo, mas que elas entendam a ideia que você quer passar.

 

Por exemplo, a imagem a seguir, tirada utilizando um celular, pode conter bastante mistério sobre o objeto fotografado e as circunstâncias do momento do disparo, porém a ideia de suspense é passada, e é isso o que realmente importa. Lembre-se, você precisa passar mais sentimentos do que informações concretas.

Nem tudo pode ser “reduzido” a uma silhueta, então faça muitos testes para saber o que pode ser fotografado ou não. Tente enxergar mais os contornos externos dos objetos, e menos os detalhes internos.

 

Ajuste as luzes

Dois fatores entram neste tópico: o flash e a iluminação. É muito importante que você entenda o princípio das fotos de silhuetas, para saber adaptar isso para praticamente qualquer situação, com luzes naturais e artificiais.

 

Única regra: desligue o flash!

 

Existem poucas regras na fotografia, já que cada pessoa deve ser livre para criar da maneira que achar melhor, porém se você quer conseguir uma foto de um contorno, precisa abrir mão do uso do flash. Isso por que, neste caso, todo o conceito de iluminação está invertido, literalmente.

O pôr do sol é uma ótima fonte de luz para esta técnica (Fonte da imagem: Damian Overton)

Posicione o objeto

Enquanto na fotografia tradicional, a iluminação é frontal, toda a luz em uma foto de um contorno precisa vir do fundo. Você já deve ter passado por algo semelhante: Vai tirar foto de alguém, e o fundo fica claro, e a pessoa, escura. Nesses casos, você inverte as posições, e a luz passa a iluminar a pessoa.

 

Isso acontece, pois a máquina não consegue compensar iluminação como os nossos olhos o fazem. Quando nós olhamos algo em contraluz, na maior parte dos casos conseguimos lidar relativamente bem com isso, e enxergar o objeto corretamente.

 

Já a câmera, não consegue isso. Quando ela “lê” uma enorme quantidade de luz vinda da parte de trás do objeto, ela é incapaz de compensar a iluminação, para diminuir o brilho de uma região e aumentar da outra. Deste modo, para criar uma silhueta, basta iluminar o objeto de trás para frente!

 

A fonte de iluminação pode variar: uma janela aberta, uma parede iluminada, o pôr do sol etc... O truque é que você esteja em um local menos iluminado, e a pessoa (ou objeto), sendo iluminada de trás para frente.

Escolha ângulos que valorizem os detalhes. (Fonte da imagem: Flickr/Justin Lucarelli)

Assim como é importante escolher um objeto com um contorno bem definido, é igualmente importante sabe posicioná-lo corretamente, decidir o melhor ângulo, para valorizar a sua forma.

 

Por exemplo, se você for fotografar o rosto de uma pessoa, é interessante registrá-la de perfil, já que, desta forma, detalhes como os olhos e a boca são visíveis.

 

É importante também que as formas não fiquem “coladas” e se tornem um amontoado de contornos sem sentido. Por exemplo, para fotografar casais, procure não aproximar os pombinhos, pois as suas formas se confundiriam. Neste caso, a imagem deles de mãos dadas - ou de um beijo de perfil - funciona muito melhor!

Casais se beijando são melhores registrados de perfil (Fonte da imagem: Makena Zayle Gadient)

Na fotografia de silhuetas praticamente não existe profundidade de campo e quase tudo o que aparecer na foto vai dar a impressão de estar à mesma distância do fotógrafo. Deste modo, a dica é sempre deixar os objetos - ou pessoas - separados entre si, para que suas formas não se confundam.

Controle a câmera

É possível fotografar silhuetas usando tanto o modo manual da câmera quando o automático, a escolha é toda do fotógrafo e os ajustes são bem simples. Primeiramente, escolha um ISO baixo, já que você não precisa deixar a sua foto clara demais, e valores altos de ISO podem comprometer a qualidade do disparo. Não deixe de pensar também do foco. Se você quer o contorno do objeto bem marcado, não esqueça de focá-lo!

 

Modo manual

Usando o modo manual da câmera, você precisa pensar em dois fatores, além do ISO: velocidade e abertura. Ajuste um valor médio para o obturador, dependendo da quantidade de luz que está disponível.

 

Valores muito altos (obturador mais fechado) vão deixar tudo muito escuro, e valores baixos demais deixam a fotografia superexposta (branco estourado).

 

A velocidade de disparo é um fator decisivo, e você pode ajustá-la sempre um pouco mais rápida do que o seu fotômetro pede, pois vai ser suficiente para capturar as partes claras e deixar a sombra bem marcada. Se sua câmera possui ajuste de compensação de exposição, você pode escolher um valor abaixo de zero (aproximadamente -2, dependendo do caso) para ajudar a compor as sombras.

Fotografe animais usando essa técnica (Fonte da imagem: Kol Tregaskes

Modo automático

O “problema” de fotografar no modo automático é que as câmeras mais novas possuem sistemas de compensação de iluminação muito melhores do que antigamente. Isso é ótimo, mas nesse momento o que você precisa é de um contraste. Como conseguir isso? Simples, basta enganar a câmera!

 

Assim como o foco, a medição de luz acontece quando o obturador é disparador pela metade. Para enganar a câmera, aponte a lente para a parte mais clara e aperte o disparador até que a fotometria seja realizada. Sem tirar o dedo do botão, volte a lente para o enquadramento original e finalize o registro!

 

Faça ajustes posteriores

Não é pecado nenhum editar a sua fotografia no Photoshop, ou outro editor de imagens que você utilize. Na verdade, a maior parte dos fotógrafos faz isso, para deixar a foto com aquele ar de imagem de revista.

 

Se a sua foto ficou ótima, mas a sombra não ficou escura o suficiente, existe salvação! Vá até os controles de exposição e iluminação do seu editor e aumente um pouco (não exagere!) o contraste. Se você souber mexer com níveis, pode controlar melhor os tons claros e escuros, para destacar ainda mais os contornos.

Use filtros, brinque com o foco, faça o que a sua criatividade permitir!

(Fonte da imagem: Gabe Lopez)

 

Não tenha medo de inovar

Pode parecer que a fotografia de silhuetas é muito limitada, mas isso não é verdade. Nós ensinamos aqui apenas os princípios básicos, os quais você pode usar para inovar e criar imagens únicas e criativas.

 

Utilize, por exemplo, tecidos entre o objeto e o fotógrafo, para criar um visual diferente e misterioso. Você pode desfocar os objetos, utilizar luzes coloridas etc... Não tenha medo de criar!


 

bottom of page